ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 29-06-2015.
Aos vinte e nove dias do
mês de junho do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quarenta e cinco minutos, foi realizada a chamada, respondida por Bernardino
Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger, Mônica Leal, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Rodrigo
Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de
quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram Airto Ferronato, Dinho do Grêmio, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio
Bins Ely, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Bernardino Vendruscolo, Nereu D'Avila, este
duas vezes, Marcelo Sgarbossa, Paulo Brum, Mônica Leal e Lourdes Sprenger. Na
ocasião, foram apregoados os Ofícios nos 790 e 791/15, do Prefeito,
encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 014/15 e o Projeto
de Lei do Executivo nº 017/15 (Processos nos 1540 e 1541/15,
respectivamente). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 112 e 118/15. Às quinze horas e
trinta e quatro minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi
iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos
077, 078, 080 e 063/15 (Processos nos 1475, 1476, 1512 e 1235/15,
respectivamente). Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 094/15 (Processo nº 1100/15), por vinte e seis votos
SIM, tendo votado Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli,
Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela,
Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes
Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Mônica Leal,
Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e
Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução
nº 007/15 (Processo nº 0444/15). Após, foram aprovados Requerimentos verbais formulados
por João Bosco Vaz e Bernardino Vendruscolo, solicitando alterações na ordem de
apreciação da matéria constante na priorização da Ordem do Dia. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 284/14
(Processo nº 3022/14), após ser discutido por Professor Garcia, Nereu D'Avila,
João Bosco Vaz, Cassio Trogildo, Reginaldo Pujol, Airto Ferronato, Márcio Bins
Ely, Fernanda Melchionna, Delegado Cleiton e Marcelo Sgarbossa. A seguir, foram
aprovados Requerimentos verbais formulados por Marcelo Sgarbossa e Sofia
Cavedon, solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria constante na
priorização da Ordem do Dia. Em Votação, foi rejeitada a Indicação nº 021/15
(Processo nº 0937/15), por quatro votos SIM e dezessete votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Sofia Cavedon, Professor Garcia e Fernanda
Melchionna, em votação nominal solicitada por Kevin Krieger, tendo votado Sim
Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon e
votado Não Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Guilherme
Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins
Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni e Waldir Canal. A
seguir, foram aprovados Requerimentos verbais formulados por Reginaldo Pujol e
Marcelo Sgarbossa, solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria
constante na priorização da Ordem do Dia. Após, foi aprovado Requerimento de
autoria de Marcelo Sgarbossa, solicitando o adiamento da votação, por uma
sessão, do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/12 (Processo nº 0307/12).
Também, foi apregoada a Emenda nº 01, assinada por Reginaldo Pujol, ao Projeto
de Lei do Executivo nº 009/15 (Processo nº 1039/15). Ainda, foi aprovado
Requerimento de autoria de Alberto Kopittke, solicitando a retirada de
tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 012/13 (Processo nº 0482/13). Às
dezessete horas e três minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada por Kevin Krieger, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira. Os trabalhos foram presididos por Paulo
Brum e Mauro Pinheiro e secretariados por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada
a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
assiste, funcionários e público da TVCâmara, eu, no meu mandato, e faz agora
quatro meses, Ver. Casartelli, iniciei uma peregrinação para tentar conhecer
mais sobre as pautas que eu havia me disposto a enfrentar como Vereador. E,
dentre elas, está a pauta dos animais, sobre a qual, semanalmente, tenho
procurado entender e, a cada dia, aprendo mais. Logo que iniciei o mandato,
tivemos uma polêmica intensa na Cidade e no Estado, que foi a questão
relacionada à questão da sacralização dos animais. Como era pouco conhecedor da
pauta na época, procurei me posicionar, Delegado Cleiton, de maneira mediada:
os animais estariam no centro daquilo que defendo, tentando elaborar um
estatuto, um código de defesa... Inclusive, um veterinário, que é quem cuida da
questão da morte dos animais que são sacrificados, tanto para alimentação –
pecuária, bois, galinhas, porcos – quanto para uso em religiões... Nós não
tínhamos como nos posicionarmos para criar uma lei municipal contra a morte
desses animais. Não seria justo defender isso, porque há uma pecuária, as
pessoas comem churrasco, e não poderíamos ir contra a religiosidade de alguns
que têm, no seu ritual, o sacrifício de animais. Então, eu procurei o
meio-termo dentro dessa perspectiva, criando uma lei que seria um código contra
o sofrimento animal, para que esses animais não sofressem, independente se
estiverem numa casa de religião ou num matadouro para a alimentação das pessoas.
Dentro dessa perspectiva de equilíbrio, comecei a
conhecer a realidade do abandono dos animais em Porto Alegre. Eu imaginava como
seria, mas sem profundidade. E eu disse isso aqui. Comecei a conhecer canis,
protetoras, protetores, conheci os mais diversos tipos, desde pessoas
absolutamente defensoras dos animais, de uma
forma lógica, coerente, até pessoas fundamentalistas, que iam ao extremo da
paixão para defender os animais contra tudo e qualquer coisa. Dessa maneira, eu
comecei a fazer resgates, a salvar animais atropelados. Hoje, através do meu
Facebook e do meu WhatsApp, entre mensagens e ligações aqui para o gabinete,
Ver. Delegado Cleiton, recebo em torno de 200, 250 casos por dia de animais que
são, de alguma maneira, abandonados ou que precisam de algum tipo de
atendimento.
A
SEDA tem sido uma parceira, naquilo que pode, para fazer esses salvamentos de
animais. Às vezes, por volta da 1h da manhã, tem gente que me liga em função de
um animal atropelado. Para finalizar, quero dizer que, na semana passada, eu
tive uma boa experiência, conhecendo a Vetmax, que é uma empresa que faz
atendimento em Porto Alegre, resgatando animais, com valores populares.
Eu subo a esta
tribuna para falar sobre um projeto de lei que vou apresentar e que espero que
tramite de forma rápida, que é contra o chamado foie gras,
que é o inchaço do fígado de patos e gansos, de uma forma, Ver. Casartelli, que até quem não
defende os animais, se vê o ritual, concorda que não há ritual mais absurdo! Eu
não conhecia, e, quando fiquei sabendo, confesso que fiquei mal durante o dia.
Eles prendem os patos e os gansos pelas patas, com pregos, desde o nascimento,
parados, para tentar pegar a gordura dos seus fígados, colocando um tubo de 40
centímetros nas goelas desses bichos, empurrando comida. Para vocês terem
ideia, a partir do 12º dia de vida desse pato e desse ganso, começa a ser
ingerido, de 3h em 3h, ou seja, oito vezes ao dia, para deformar completamente
aquele bicho que não pode nem se mexer... Tenho algumas imagens dos patos que são
presos (Mostra imagens.). A partir do 17º dia, esse bicho morre, e é tirada a
gordura do seu fígado. É um absurdo que comprova que a espécie humana ainda tem
muito a aprender e muito a evoluir, porque está muito atrasada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, senhores colegas, primeiro, quero fazer um comentário a respeito da
experiência desta Casa na semana que passou, quando discutimos exaustivamente o
projeto do Executivo que tratava do Programa Municipal de Educação. Chamou-me a
atenção que eu não ouvi defenderem, elogiarem ou criticarem, mas ficou claro
aqui que o radicalismo e o excesso não levam a nada. Nós poderíamos ter
construído algo nem lá e nem cá, só não o fizemos pelo radicalismo da maioria
dos colegas naquela longa Sessão. Eu não vim à tribuna discutir, essa modesta
opinião não é para ensinar como se faz o trabalho, mas é o meu sentimento.
Poderíamos ter construído minimamente algo que atendesse aos dois extremos.
Fica o comentário.
Hoje, 29 de junho, é
Dia de São Pedro e o Dia do Pescador. Quero mostrar aos prezados colegas uma
fotografia. (Mostra a fotografia.) Esta é uma fotografia do saudoso colega
Ervino Besson. Assim como tenho amizade com a grande maioria dos senhores e das
senhoras, aliás, me dou com todos aqui, graça a Deus, tive, como muitos colegas
aqui tiveram, uma amizade muito intensa com o colega Ervino Besson. Num desses
feriadões que acontecem, lá em 2005, nós fomos pescar na Argentina. É de lá
esta foto, no Rio Paraná, mais precisamente, em Ita Ibaté, na Argentina. Faço
este pronunciamento como uma homenagem a um ser humano que eu conheci e que me
marcou, profundamente, pela amizade, pela lealdade, pela responsabilidade e
pelo amor que ele tinha por esta Cidade. O Ervino Besson fez um trabalho
maravilhoso, enquanto Parlamentar, tinha a sua dedicação, mais exclusivamente,
Ver. Idenir Cecchim, na Zona Sul de Porto Alegre. O Ver. Idenir Cecchim, na
época, era Secretário da SMIC e sabe o quanto o Ervino Besson se dedicou,
principalmente, à Zona Sul de Porto Alegre.
Então, faço esta
homenagem à grande amizade que construímos, este Vereador e o colega Ervino
que, sinceramente, sempre que posso faço referência, porque ele foi um colega,
um ser humano que marcou muito para mim e para os demais colegas, para os
cidadãos de Porto Alegre. Não era natural daqui, como a maioria dos Vereadores,
mas se dedicou a esta Cidade como ninguém. Então fica aqui o reconhecimento a
esta figura fantástica, o Ervino Besson. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Nereu
D’Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder e depois prossegue
manifestando-se pelo Governo.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Ver.
Paulo Brum; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores; eu venho à
tribuna para elucidar acontecimentos infaustos que ocorreram a semana passada,
mais precisamente no dia 24 de junho, por ocasião da votação do Plano Municipal
de Educação. A Sessão durou mais de dez horas, adentrando o dia 25 de junho. Os
ânimos de ambos os lados foram se acirrando pouco a pouco, mais de um lado, o
lado que era contrário a emendas que foram protocoladas, inclusive à retirada
de expressões como “ideologia de gênero”, e a outras questões que o Plano
Municipal de Educação abordava. Diga-se de passagem, as emendas, em sua
esmagadora maioria, acabaram sendo aprovadas.
Mas, como eu dizia, os ânimos foram se acirrando. Lá pelas tantas, a Ver.ª Mônica Leal, autora de uma emenda que foi aprovada depois... Infelizmente, naquele momento, a torcida, as pessoas que eram contrárias à emenda acirraram ainda mais os ânimos. Tudo o que eu estou dizendo está registrado na TV, portanto, não há como contestar.
A Ver.ª Mônica
trouxe, por escrito, um discurso muito bem elaborado e tentava ler. Ela era
interrompida freneticamente pelos manifestantes. O Vereador-Presidente Paulo
Brum pediu à Vereadora que parasse de ler o seu discurso para tentar minimizar
o barulho. A Ver.ª Mônica, por diversas vezes, parou de ler. A manifestação era
tão intensa que, quando ela lia – e o microfone aqui é forte –, a gente não a
ouvia, tal era a manifestação. O acirramento chegou a tal ponto que eles, de
costas, decidiram agredir a Vereadora, verbalmente, com termos completamente
inapropriados, ofensas pessoais. Aí, sim, ofensas que, se a Vereadora quisesse,
poderia até pedir a retirada dos Anais. O que aconteceu? Eles continuaram
ofendendo a Vereadora. E aí eu concordo que, acirradamente também, exagerando
na indignação, levantei da minha bancada e vim até o microfone de aparte,
inclusive abrindo caminho entre os Vereadores, porque havia diversos Vereadores
no plenário, para me dirigir à Mesa para pedir a suspensão dos trabalhos, e,
inclusive, a retirada dos manifestantes, porque já não era a primeira vez que
eles ofendiam os Vereadores, tanto que o Ver. Pujol veio ao final da Sessão
dizer aqui – aliás, em pronunciamento também brilhante –, que os Vereadores
estavam sendo impedidos de falar na sua Casa, afinal, aqui é a nossa Casa. Tudo
bem, os manifestantes também democraticamente participam, mas não havia
democracia entre eles, havia ofensas à Ver.ª Mônica. E eu, inadequadamente
confesso, e já pedi escusas, exageradamente tomado de ira, de inconformismo,
vim ao microfone de aparte, onde se encontrava a Ver.ª Jussara Cony, e a
afastei, porque eu queria o microfone, repito, para pedir ao Presidente a
suspensão dos trabalhos para que a Ver.ª Mônica concluísse o seu discurso
depois, usando até um termo que não era adequado também: a evacuação do
plenário. Depois eu pedi nesses termos. Então, efetivamente, hoje eu digo que
estava, exageradamente pela circunstância da tensão da Sessão, pela ofensa à
Ver.ª Mônica... Então, vamos deixar isto muito claro: eu queria defender a
Ver.ª Mônica Leal das ofensas! Estão gravadas as ofensas que foram feitas à
Vereadora, que diversas vezes parou o seu discurso escrito para que a turma se
manifestasse, e acabaram a ofendendo. Então, efetivamente, a Ver.ª Jussara não
tinha nada a ver com o assunto, em momento algum eu tenho ou tive divergências
com a Ver.ª Jussara Cony, a quem admiro, a quem digo sempre que é uma
guerreira, porque, há muitos anos, enfrentamos problemas juntos. E respeito a
Vereadora, não só como uma pessoa extraordinariamente valente, digna, como
também sua postura política avançada e progressista. Então, não tenho e nunca
tive nada com a Vereadora Jussara Cony, que, infelizmente, acabou em uma situação
que não era com ela. E ela pediu duas coisas depois de serenados os ânimos...
Digo que a agressão a ela, que eu francamente, tecnicamente, repilo, a agressão
tem uma intencionalidade e, como eu não tinha nenhuma intenção de agredir
ninguém, muito menos a Vereadora, no meu entendimento, não houve agressão.
Houve, sim, um afastamento para que eu usasse o microfone, eu queria o
microfone de aparte, mas nem os próprios Vereadores entenderam isso. Muita
gente me telefonou perguntando o que houve, como eu fiz isso e tal. Então, a
Ver.ª Jussara pediu duas coisas: que fosse a todas as mulheres que sentiram
agredidas naquele momento pela minha atitude; e também que eu pedisse desculpas
publicamente. Eu já havia procurado a Vereadora para pedir desculpas, mas ela exigiu
que fosse feito publicamente. Imediatamente eu fiz as duas coisas, dizendo que
concordava com o raciocínio da Vereadora – e aí eu inverti –, se a Ver.ª Mônica
estava sendo agredida, todas as outras também; com isso eu concordei. E também
concordei em pedir desculpas e pedi publicamente, expressamente. Não estou
justificando a minha atitude, que foi equivocada, eu só estou dizendo aquela
velha situação: se os fins justificam os meios. Os fins, Ver. Pujol, eu acho
que eram nobres. Eu queria a suspensão da Sessão, e V. Exa. disse muito bem,
depois, que aqui nós não conseguimos trabalhar porque estávamos impedidos na
nossa Casa, no nosso próprio trabalho. E eu queria, então, a suspensão da
Sessão. Portanto eu digo que os fins eram corretos no meu entendimento, só que
os meios foram equivocados, errados, de minha parte, porque me exaltei demais e
acabei provocando uma situação da qual peço escusas, e peço de novo, porque a
Ver.ª Jussara, em nenhum momento merece isso – aliás, ninguém merece –, mas
especialmente ela, a qual prezo muito.
Então repito: a situação toda não tem nada que ver
com a discussão da matéria, não houve atrito entre mim e a Ver.ª Jussara.
Aliás, nunca! E a situação era que eu estava indignado com a impropriedade das
manifestações populares, que são legítimas quando comedidas, mas não era o
caso. Eu não vou repetir as palavras que foram ditas, ofensas à Ver.ª Mônica,
porque não quero que os Anais registrem, mas todo mundo sabe o que foi dito a
ela. E, se ela quisesse, poderia, inclusive, pedir a retirada de tais palavras
dos Anais, porque a Ver.ª Mônica nunca teve atitudes pelas quais eles queriam
inquinar que ela fosse politicamente. Não. Ela é uma Vereadora também digna,
que deve ser respeitada! Inclusive a sua emenda tanto era legítima que acabou
aprovada pela maioria dos Vereadores. Então, os Vereadores que aprovaram a
emenda também merecem os epítetos que aquela turma de manifestantes desordeiros
– desordeiros, sim, porque eles não nos respeitaram - nós que estávamos votando
a matéria. Então o clima era de uma animosidade muito grande, depois houve
outros desentendimentos no plenário entre outros Vereadores. A ambiente era
tenso. Aqueles que estavam presentes não colaboraram. O Presidente Paulo Brum
pediu, diversas vezes: “Por favor, deixem a Ver.ª Mônica falar”. E, ao
contrário, ao invés de a deixarem falar, eles se alteraram mais, viraram-se de
costas, e, em uníssono... Não foi uma voz isolada entre eles que ofendeu a
Ver.ª Mônica; foi em uníssono. Então, eu quero dizer que não estou justificando
a minha atitude, não estou justificando o meu erro, não estou tentando sair
pela tangente do meu procedimento, que não foi correto; eu pedi desculpas, e
repito aqui, pela minha exaltação exagerada, inadequada em relação à Ver.ª
Jussara. Agora, repito para concluir: aquela velha história de que os meios não
justificam os fins, mas, às vezes, os fins, sendo nobres, como eu acho que era
o meu pedido, eu queria o microfone da Ver.ª Jussara para pedir a suspensão da
Sessão, que eu achava cabível, inclusive, eu queria até que saíssem os
desordeiros daqui, porque nós estávamos sendo ofendidos. Então, Sr. Presidente,
agradeço a sua tolerância e quero deixar a todos os Vereadores o meu
constrangimento, as minhas desculpas. De minha parte, não é uma atitude corriqueira,
quero dizer, principalmente às Vereadoras, que sempre respeitei a todas, que me
desculpem, principalmente a Ver.ª Jussara Cony, pelos meus excessos. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo o PLE nº 017/15.
Apregoo o PLCE
nº 014/15.
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores – Ver. Mauro Pinheiro, Ver.ª Sofia, Ver. Alberto e Ver.
Comassetto –, vou falar sobre outro assunto, mas não posso deixar de fazer a
menção ao que o Ver. Nereu D' Avila acaba de colocar aqui na tribuna – em tempo
de Liderança de Governo e pelo próprio PDT –, porque, efetivamente, o que
aconteceu na sessão da quarta-feira passada não pode passar como mais uma
situação. E o Ver. Nereu sobre aqui e retoma o tema. Isso já é louvável por si
só, o fato de que estamos falando sobre o assunto, sem tratar o ocorrido como
algo sem importância. Então, obviamente, cabe à Ver.ª Jussara – que, no
microfone de aparte, ela mesma colocou a questão que, quando uma mulher é
agredida todas as mulheres são agredidas. Que pena que a Ver.ª Jussara Cony não
está aqui neste momento, mas poderia ela ocupar o espaço de oposição ou do seu
próprio partido para tratar do tema; que bom estarmos tratando e falando sobre
isso. Foi simbólico o fato de que, quando discutimos o Plano Municipal de
Educação, estamos discutindo a naturalização dessas relações que, muitas vezes,
coloca o homem efetivamente como um agressor, naturalizando essa situação e
depois, simplesmente, pedindo desculpas. Então eu bato e peço desculpas! Quase
como algo automático que pode com um simples pedido de desculpas pode anular
toda a agressão que foi feita. Então, vamos continuar discutindo esse tema,
porque ele não pode passar em branco.
Eu subo à Tribuna para falar do tema da hora, eu
diria, que é a votação que acontecerá amanhã na Câmara dos
Deputados e que trata da redução da maioridade penal. Vou utilizar um minuto, o
tema é muito nobre, mas preciso fazer menção, em nome do Partido dos
Trabalhadores, a que somos contrários a mais esta tentativa de solução de
problemas complexos com medidas superficiais, medidas que tentam mexer apenas
na legislação penal, como se isso, em algum momento da história, tivesse
resolvido. Vamos pensar juntos. Nenhuma pessoa que está cometendo uma infração,
um crime, acredita que será presa, acredita que será flagrada, alguma coisa
assim, senão não estaria cometendo aquilo. Então, qualquer medida nesse sentido
de agravamento da pena ou agravamento do tempo de internação, efetivamente, não
resolverá. Uma reportagem do jornal Zero neste final de semana mostra bem claro
que muitos adolescentes, inclusive, preferem ir para o Presídio Central pela
questão do controle dos monitores da FASE. Então, mais vez, vamos entrar neste
tema que a sociedade não precisava discutir, parecia estar num avanço, e, na
verdade, estamos vivendo uma possibilidade de retrocesso também nessa área.
Mas subo à tribuna
para abrir oficialmente uma campanha que chamamos “Sanciona, Fortunati.” Mostro
aqui a imagem. (Mostra cartaz.) É o PL nº 205/14, de nossa autoria, aprovado
nesta Casa, no final do ano passado, com um pedido de nova votação, que foi
retirado, portanto está na mão do Prefeito José Fortunati. Nos próximos dias,
chegará às suas mãos o projeto de lei, que é simples; ele tem apenas dois
artigos; ele simplesmente diz: ficam proibidos o Executivo e o Legislativo de
contratarem com as empresas que tenham feito doação para campanhas eleitorais.
Não se trata, logicamente, de matéria eleitoral, se trata de colocação de um
critério de contratação do Município, algo que o STF já reconheceu como
competência dos Estados e Municípios estabelecerem critérios de contratação.
Então, estamos com esta campanha na rua, o jogo da velha, o hashtag “Sanciona, Fortunati”, uma
página no Facebook, já com várias adesões, e convidamos as pessoas que quiserem
contribuir com essa campanha para que entrem no Facebook, nos procurem, façam
em casa o seu próprio cartaz e peçam diretamente ao Prefeito.
Temos condições de
ter, em 2016, uma outra campanha eleitoral, uma campanha, basicamente fazendo a
reforma, Ver. Nereu, boa parte da reforma política através de
lei municipal, fazendo a separação entre o doador de campanha e, depois, aquele
que contrata, participa de licitações com o Município de Porto Alegre, tentando
estabelecer uma concorrência mais igual e atendendo ao princípio democrático da
livre concorrência aos cargos públicos.
Então, fica o pedido de adesão tanto aos colegas
Vereadores que votaram, também aos que mudaram de opinião, que votaram contra
no ano passado mas agora mudaram de opinião. O Ver. Tarciso se absteve naquela
votação, agora, talvez, mais convencido possa votar favoravelmente. O Ver.
Márcio Bins Ely retirou o pedido de nova votação, portanto, temos condições de
que haja uma campanha, em 2016, muito diferente das campanhas anteriores.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulo Brum está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULO
BRUM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero fazer o
registro de que na última sexta-feira, dia 26 de junho, eu estive participando
da inauguração de um elevador no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o
Julinho. É o primeiro de dois novos elevadores que serão colocados à disposição
dos alunos do Julinho. Quero cumprimentar a professora Fernanda Schmidt Gaieski,
Diretora do Colégio, que gentilmente me convidou para participar do ato solene.
Há mais de cinco anos os alunos vinham sofrendo com
a manutenção dos elevadores, que já estavam desgastados pelo tempo, pois tinham
uma vida útil de mais de 50 anos. Seguidamente os alunos ficavam, especialmente
aqueles com dificuldade de locomoção, impossibilitados de frequentar as aulas
do Julinho. No início de junho, eu recebi um pedido de socorro de uma jovem
cadeirante, a Jéssica, que tem uma deficiência física, ela é tetraplégica e
utiliza cadeira de rodas. Essa jovem estava há mais de quinze dias sem poder
frequentar as aulas porque o elevador estava estragado. Naquele momento, eu
entrei em contato com o Secretário Estadual de Educação Vieira da Cunha, nosso
colega, nosso amigo, e aqui eu quero fazer um agradecimento especial pela
sensibilidade e presteza do Sr. Secretário. Fomos visitar o Colégio Júlio de
Castilhos e prontamente o Secretário determinou, em regime de urgência, a
compra de dois novos elevadores para o Colégio que, num tempo recorde,
aproximadamente em menos de 2 meses nós conseguimos inaugurar o primeiro
elevador, entre os dois que serão instalados, possibilitando a que nossos
jovens com deficiência possam ter o seu direito de frequentar a escola.
Portanto, mais uma vez, quero destacar de público,
agradecer à sensibilidade do Secretário Vieira da Cunha que prontamente, num
prazo recorde, estamos inaugurando o primeiro dos dois elevadores que serão
instalados no Colégio Júlio de Castilhos. Por outro lado, Sr. Presidente, quero
destacar da nossa aprovação do projeto que criou o Plano Municipal de Educação
e de uma emenda histórica que nós aprovamos neste Legislativo.
Quero destacar a visita do Ver. Prof. Alex Fraga no
meu gabinete e quero agradecer-lhe, Vereador, pois foi através daquela visita,
daquela conversa, que nós resgatamos, sim, historicamente, o atendimento das
crianças com necessidades especiais de Porto Alegre e que talvez, hoje, Porto
Alegre seja a primeira e única capital do Brasil, um dos únicos municípios do
Brasil que garante o atendimento às crianças especiais de 0 a 21 anos, sendo
que o Plano Nacional determina que seja de 4 a 17 anos. O Estado também de 4 a
17 anos.
Porto Alegre garantiu o atendimento de 0 a 21 anos
às crianças com necessidades especiais. Agradeço à sua visita, agradeço à nossa
conversa, agradeço à sensibilidade do meu líder, Ver. Cassio Trogildo, e
agradeço à sensibilidade da nossa Secretária Municipal de Educação, Cleci
Jurach. Portanto, hoje eu faço dois agradecimentos especiais a dois secretários
com a visão de sensibilidade, de humanidade e, casualmente, os dois secretários
são do PDT, que é o Vieira da Cunha, do Estado, e a nossa Secretária Municipal
da Educação, Cleci Jurach, que atendeu o clamor, o pedido do meu líder, Ver.
Cassio Trogildo, que assinou a emenda, que tem, portanto, todo um conjunto de
ações e que hoje Porto Alegre está na história, garantindo o
atendimento das nossas crianças com necessidades especiais. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica
Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver.
Mauro Pinheiro, seja muito bem-vindo a Porto Alegre, a esta Casa. Sentimos sua
falta, o que não significa que não estivemos muito bem comandados pelo Ver.
Paulo Brum. Mas sempre é bom “o filho à casa retorna”. Esta é uma expressão que
eu escutei desde muito pequena e faço questão de registrar que tenho um apreço
muito grande pelo Presidente Mauro Pinheiro.
Sou Vereadora de
Porto Alegre e estou muito preocupada com a situação que teremos pela frente,
terça-feira, que é a votação da lei da redução da maioridade penal. Mas antes
quero fazer um breve registro. Escutei o Ver. Marcelo Sgarbossa, que em seu
pronunciamento colocou alguns itens e neles defendeu que é contra a redução da
maioridade penal. E inclusive fez um registro que a sociedade, na sua visão,
não deveria nem estar discutindo essa questão. Pois eu quero fazer o
contraponto, Ver. Marcelo; quero dizer que sou completamente a favor da redução
da maioridade penal e que penso, sim, que é o momento da sociedade discutir
essa questão que nos preocupa e nos amedronta. E eu anotei um dado: segundo a
pesquisa Datafolha da semana que passou, 87% da população brasileira é a favor
da redução da maioridade penal. Essa população não acordou e resolveu ser a
favor da redução da maioridade penal. Não, é uma população que está acuada, com
medo, que vive atrás de grades, com alarmes, com cercas elétricas, com cães
ferozes, com carros blindados – quem tem, claro, ótimo. O trabalhador pobre
morre por um celular, o peão que está lá cuidando da sua terra, nas
lidas do campo, o empresário; enfim, todos nós, brasileiros, vivemos sob a
espada do crime organizado. E esse crime, é isso que eu quero chamar atenção,
essas crianças, esses adolescentes, que as pessoas cismam, registram que são
crianças, que são adolescentes, eles são captados para o crime através de um
adulto. Por quê? Porque existe a impunidade. Eu citei aqui, da tribuna desta Câmara,
aquele crime horroroso que houve no Piauí, onde meninas adolescentes foram
agredidas, estupradas e depois atiradas penhasco abaixo por quatro adolescentes
sob o comando de um adulto de 40 anos. Então, eu queria só pegar alguns dados
para fazer esse registro. A impunidade, pelas pesquisas que eu fiz, tem gerado,
ao longo desses anos todos, mais violência, porque esses jovens de hoje têm
consciência de que eles estão impunes, ou seja, de que nada vai acontecer.
Então, isso é uma onde crescente.
Nós estamos vivendo outra época; o Código Penal foi
elaborado, eu vou dizer para vocês aqui, ele foi redigido em 1940 – há 75 anos!
O que significa? Que naquela época, esses jovens, possivelmente, em 1940, há 75
anos, não tivessem a consciência do que estavam fazendo, mas hoje a coisa é
diferente. Setenta e cinco anos depois, essas crianças, esses adolescentes –
que se dizem dessa forma quando praticam um crime –, quando estão com uma arma,
empunhando uma arma na cabeça de um chefe de uma família, prontos para assaltar,
para matar, eles não se consideram crianças e adolescentes. Inclusive, esta
desculpa de que nós não podemos permitir a redução da maioridade penal, porque
não teria o lugar adequado...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
A SRA. MÔNICA LEAL: ...Eu quero registrar
aqui que muitos são pós-graduados em crimes. Eles não vão para o presídio, não
é o caso, porque nesse projeto, nessa lei que será aprovada, se Deus quiser, existe a
preocupação de se fazer um estabelecimento separado, adequado para os jovens
com essa idade. Eu quero dizer que eles são pós-graduados, doutorados em
agressão, em violência, e, se eles fossem para os presídios, com certeza dariam
aulas aos criminosos. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lurdes Sprenger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, passou-se uma votação
na semana passada das mais polêmicas, desde que entrei aqui na Câmara, e eu não
poderia deixar de registrar a forma como fui atacada neste plenário, e eu, na
minha forma de ser, não fiz alarde, fui estudar o Regimento para ver onde
enquadrar todas as ofensas que recebi de uma pessoa que eu considerava muito,
uma pessoa educada, que é o Ver. Casartelli. Não entendi até hoje por que o
destemperamento em cobrar o meu voto, o que eu não admito, e o Regimento também
não admite. As ofensas, que foram cínicas e sem-vergonhas, serão apuradas por
esta Casa e, talvez, até externamente. E outra: o Vereador usou a tribuna sem a
permissão do Presidente; estava aqui a Ver.ª Sofia Cavedon – não sei se ela
cedeu o microfone, ainda não avaliei –, ele chegou e me ofendeu aqui para a
plateia e me chamou de homofóbica, isso é ridículo! Quem sabe a minha
trajetória sabe que eu nunca discriminei as pessoas – pobres ou ricas – porque
eu lido numa área social violenta, onde há pessoas de periferia, que têm
animais e que mal podem, às vezes, se alimentar, mas gostam daqueles animais e
acumulam animais. Hoje a gente tem um conceito para isso, que é a Síndrome de
Hoarding; a saúde se preocupa, e até o Ministério Público e a PUC estão juntos
num projeto que eu tive a honra de ser convidada a participar.
Eu quero dizer que nós devemos cuidar, porque
palavra é palavra. Palavra dita cala fundo e não se esquece, e também, na hora
que a gente acusa uma pessoa, temos que ter a prova, senão nós vamos nos
desgastar, talvez responder a passos maiores, juridicamente, porque nos
expusemos ou porque tivemos uma tendência autoritária querendo calar alguém. O
interessante é que o Ver. Cecchim, que é homem, estava ao meu lado e não foi
agredido, mas eu fui agredida por ter votado naquilo que tenho convicção. Eu
não estava discutindo um projeto relacionado a sexo ou gênero, eu estava
discutindo uma emenda a um projeto para o Ensino Infantil, somente isso! Então,
eu me senti muito triste de ter que passar por isso, porque eu procuro debater,
discutir, mas não ofender os meus colegas ou calar fundo – como se diz –, e não
usar palavras que depois eu não vou poder provar, rotulando as pessoas.
Então, estou comunicando que vou levar os fatos
para a Comissão de Ética, estou estudando o Regimento, tenho as gravações, e
vamos em frente. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1259/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/15, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que
altera a ementa, o caput do art. 1º e o caput do art. 3º e seus incs. I e II,
inclui incs. I, II e III no caput e §§ 3º e 4º no art. 1º e inc. III no caput
do art. 3º e revoga os §§ 1º e 2º do art. 1º, todos na Lei nº 9.989, de 5 de
junho de 2006, alterada pela Lei 11.211, de 30 de janeiro de 2012, estendendo o
direito ao pagamento de meia-entrada do valor efetivamente cobrado para o
ingresso em atividades culturais e esportivas aos jovens entre 16 (dezesseis) e
29 (vinte e nove) anos pertencentes a famílias de baixa renda e excluindo
exceções ao direito ao benefício de meia-entrada.
PROC.
Nº 1301/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/15, de autoria da Mesa Diretora, que cria 1
(uma) função gratificada de Chefe da Seção de Licitações, cód 2.2.1.5, no item
Função Geral, do Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas,
constante do art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece
o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto
Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, e altera o art.
50-I dessa Lei, estabelecendo a Gratificação Especial pelo exercício de
atividades de preparo e execução de pagamentos diversos aos servidores efetivos
lotados na Seção de Licitação
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h34min): Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 077/15 – (Proc. nº 1475/15 – Mesa Diretora) – requer seja o
período de Comunicações do dia 03 de agosto destinado a assinalar o transcurso
de 80 anos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 077/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 078/15 – (Proc. nº 1476/15 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 04 de agosto de 2015, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso dos
90 anos da Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 078/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 080/15 – (Proc. nº 1512/15 – Mesa Diretora) – requer seja o período de Comunicações do
dia 06 de julho destinado a assinalar o transcurso dos 70 anos do Sindicato
Intermunicipal do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do RS
(Sindigêneros – RS).
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 080/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 063/15 – (Proc. nº 1235/15 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 07 de julho de 2015, às 17 horas, destinada a assinalar o transcurso dos
140 anos da Imigração Italiana.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 063/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1100/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/15, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Peterson
Ungaretti.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia em 29-06-15 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 094/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal.
(Pausa.). (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0444/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 007/15, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação
Nacional de Defesa e Informação do Consumidor – Andicom.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 17-06-15.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PR nº
007/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação (Pausa.). Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. APROVADO.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos, imediatamente,
passar à discussão e votação do PLL nº 284/14. Após retornaremos à ordem
normal. Pedindo ao Plenário, a votação de plano; a Rua C,
Carlos Medina – Carnavalesco – que fica ao lado do Estádio Beira-Rio; as Ruas A
e B, que estão também com o art. 81, e priorizadas pelo Ver. Cassio Trogildo,
nós não vamos votar, porque, como há um acerto da Mesa da Câmara, com a direção
anterior do Internacional, para esses dois nomes que lá estão, e um grupo
pequeno, diga-se de passagem, torcedor, nos procurou aqui. Eu propus a eles que
a Câmara nada se opõe se tiver que trocar A ou B. Mas que tragam aqui – e eu
vou dar esse tempo, por isso não vamos votar – uma comunicação, ou do
Presidente Giovanni Luigi, desistindo do que ele assinou com a Câmara, ou do
Presidente atual, Vitório Piffero, dizendo que podem ser trocados os nomes. E
nesse acordo com eles, foi liberada a Rua C, que eu gostaria que fosse votado
agora. Muito obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento da votação do Requerimento
nº 079/15 por duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em
votação o Requerimento de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3022/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 284/14,
de autoria da Mesa Diretora e outros, que denomina Rua Carlos Medina o
logradouro não cadastrado conhecido como Rua C – Sport Club Internacional –,
localizado no Bairro Praia de Belas.
Parecer:
-
da CCJ. Relatora Verª Lourdes Sprenger: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-06-15 por força do
art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 284/14.
(Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL nº
284/14.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente
Mauro, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assiste; quero aqui,
de público, parabenizar o Ver. João Bosco Vaz pela sensibilidade de desmembrar,
e o projeto aqui são três... Ao mesmo tempo, quero fazer uma reflexão sobre a
proposição de V. Exa. na questão do nome da Rua C: foi feita uma discussão com
os carnavalescos, e a metodologia utilizada foi a mesma para as ruas do
Internacional. Por isso que eu quero fazer esse esclarecimento, porque eu falo
não só para os Srs. Vereadores, mas falo para aqueles que nos assistem e para
vários conselheiros. Hoje, inclusive, alguns estiveram aqui. Naquela
oportunidade, as três entidades lindeiras com o Internacional e próximas à Rua
C, no caso, a Imperadores, a Praiana e a Banda da Saldanha, todas as três
concordaram, tem um documento na Casa, e todas elas indicaram o nome de Carlos
Medina, até porque ele teve uma história com todas elas. E ele é, sem sobra de
dúvida, um dos maiores nomes que Porto Alegre já teve no carnaval, uma legenda,
assim como hoje é consagrado o Carlos Alberto, o Roxo.
Quero colocar que,
também no Internacional, depois de muita discussão... Primeiro, nas discussões
internas, foi feita uma negociação com os Vereadores – Delegado Cleiton, Márcio
Bins Ely e Dr. Thiago –, que foram sensíveis, com a presença da Mesa Diretora.
Por duas oportunidades, o Presidente do Internacional esteve aqui nesta Casa, o Giovanni Luigi, colocando, inclusive, com
documentação, a questão dos dois nomes, que são: Nestor Ludwig e Fernandão. É
importante dizer isso porque hoje nós recebemos, e faz parte do processo...
“Ah, mas têm os conselheiros, mais de 4.500”. Bom, o Internacional tem mais de
5 milhões de torcedores, e quanto mais nós protelarmos isso... E foi o que eu
coloquei: já que tem um presidente, o Vitorio Piffero, que venha e diga que não
é essa a vontade. Agora, gostaria de dizer, e com respeito a cada um, que se
ficarmos à mercê de cada grupo de conselheiros, brigando pelo A, pelo B, pelo
C... O que nós queremos é resolver essa situação, porque já desgastou demais a
Câmara de Porto Alegre se envolver durante tanto tempo. Não que as ruas não
sejam importantes – são importantes -, mas nós temos dimensões bem maiores para
esse trato. Então eu quero parabenizá-lo, porque agora, pelo menos, vamos criar
esse bom problema: votaremos aqui a Rua Carlos Medina, partir depois para a
inauguração dela, porque o Internacional também vai ter que tentar agilizar e
resolver esse pequeno problema.
O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Quero me somar a essa homenagem ao Carlos
Medina, meu caro colega Ver. Professor Garcia, porque além de participar do
carnaval, de ser um grande compositor, de participar da Cidade, ele participou
da política também e foi filiado ao nosso partido, o PMDB, e concorreu a
Vereador. Ele se apresentou para a Cidade, e era muito justo que se fizesse
essa homenagem a um homem que cuidou do carnaval, mas também quis cuidar da
cidade de Porto Alegre, como Vereador.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador).
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Nereu
D’Avila está com a palavra para discutir o PLL nº 284/14.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, nós fomos procurados, há poucos minutos, por um
grupo de torcedores do Internacional afirmando que tem uma lista de 4 mil
assinaturas, porque querem propor um plebiscito à torcida do Internacional para
escolher os nomes. A democracia é boa porque ela tem o contraditório. Eu não
concordo com o Ver. Professor Garcia, porque esse tal acordo que foi feito no
fim do ano, pelo Luigi, por alguém, foi provavelmente de cúpula, a torcida do
Internacional não participou, eu não participei. Eu sou conselheiro e
frequentador há mais de 30 anos do Gigante da Beiro-Rio – em 1969, quando o
Figueroa fez aquele gol no Cruzeiro, eu estava lá e em outras milhares de vezes
– e sequer fui consultado! Outra coisa: fui amigo de Nestor Ludwig, em certa
ocasião eu fui do Lions, e ele era do Lions Club Menino Deus, grande figura.
Agora, existem outras. Eu fui procurado também por um grupo de torcedores do
Internacional que queria o Arthur Dallegrave no lugar do Nestor Ludwig, que é
outro incomparável, também, benemérito do Internacional! Nada mais justo do que
o pessoal que veio aqui. Nada mais justo! E eu parabenizo o Ver. Bosco, que foi
sensível, pois ele tinha solicitado art. 81, queria votar hoje, mas ele
aquiesceu, concordou com os torcedores do Internacional que estiveram aqui para
que seja votado só a Rua Carlos Medina, que é a do
Carnaval.
Então, o acordo lá de cúpula contou com o pessoal
do Luigi e a turma dele, meia dúzia não sei o que do carnaval e tocaram os
nomes? Não, o Internacional é o maior clube do Rio Grande! Atingiu, num fim de
semana, 110 mil sócios. E acho que existem inúmeros nomes para serem votados
tão importantes e tão grandes quanto o de Nestor Ludwig. E estou muito à
vontade, porque fui amigo de Nestor Ludwig como fui de Arthur Dallegrave.
Acho neste momento que a Câmara está fazendo um
grande gesto democrático. O Ver. Bosco está adiando, quer votar a proposta da
Rua Carlos Medina, que não tem discussão, então vamos votar. Evidentemente
todos respeitamos o carnaval e o homenageado Medina. Agora havia uma pequena
discussão também em relação ao Fernandão para que ele fosse a rua B; aí surgiu
gente dizendo: “Ah, não, mas o Fernandão é na Rua A”. Pois, então, acho
necessária uma consulta aos sócios do Internacional, a nós – não, aos dos
Grêmio –, aos do Internacional sobre quais os melhores nomes: Fernandão, Nestor
Ludwig, enfim, uma série de nomes. Eu tenho também autoridade porque o
plebiscito da Redenção esta Casa aprovou muito oportunamente, e acho interessante
o plebiscito do Inter para que se escolha também, lá dentro, os nomes – e aí
não há discussão! Por exemplo, há gente que diz: “A Rua A tem que ser do
Fernandão”; outros dizem: “A Rua B tem que ser de Fulano”. Nada mais
democrático que a torcida se manifeste. E nós, torcedores, e aqui há outros
ilustres colorados, temos o direito e iremos votar.
Está aqui o pessoal, eu sugiro a V. Sas. que levem
isso hoje ainda, na reunião do Conselho, às 19h, para que o Presidente Piffero
também tome ciência disso. Se o Giovani Luiz fez um acordo, tudo bem, ele era o
Presidente, ele tinha legitimidade, só que mais democrático que um Presidente
escolher seria a torcida escolher, por isso apoiei V. Sas. e estou ao lado de
vocês para que se realize o plebiscito, para que os nomes sejam escolhidos pela
torcida. Agora, em relação ao Medina, não é a questão em discussão, é carnaval,
é outra situação; a nossa questão é o Inter. Então, vamos escolher
democraticamente.
Finalizo dizendo o seguinte: o que foi somente
acordado entre nós é que não demoremos muito para a atual diretoria... E outra
coisa: o Presidente Piffero será sensível também, por que não? Nada mais
democrático. Eu mesmo dei um título post-mortem
ao Fernandão. Então também concordarei se a torcida achar que já há homenagens
a ele e que seja outro nome, por isso é importante a participação de todos.
Parabéns a vocês por estarem aqui pleiteando nada mais, nada menos do que a
democracia interna do Sport Club Internacional. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, esse é um assunto que
eu conheço bem e com profundidade. Sobre essa questão da ética – e nós falamos
muito na ética na política –, eu já disse que não tem que estar na política,
tem que estar dentro de cada um de nós. Então, vêm aqui uns para falar: “Porque
a ética... Porque isso... Porque aquilo...”. Não, a ética, Ver. Villela, está
dentro de cada um de nós. Eu tenho procurado, nessa minha vida pública, Ver.
Cassio, praticar a ética, e não somente na política, mas também dentro da minha
casa, com minha família, com meus amigos. Se eu quisesse, lá atrás, como
Secretário da Copa – eu tinha tal autoridade –, teria pego essas três ruas,
trazido aqui, entregue ao Ver. Mario Fraga, que estava no meu lugar, ou ao Ver.
Cleiton e diria: “Dá os nomes que nós queremos dar”. Eu nunca fiz isso. Eu pedi
ao então Secretário Cristiano
Tatsch que segurasse as ruas, que não liberasse as ruas A, B e C para o sistema
que os Vereadores acessam, porque precisávamos falar com o Internacional. E,
nessa condição de Secretário, estive reunido com a Diretoria do Internacional e
acordamos, lá atrás, que as ruas A e B ficariam por conta do Inter indicar os
nomes e que os carnavalescos indicariam o nome da rua C - foi o que aconteceu.
Tanto que eu não queria participar dessa situação, que, quando retornei para
cá, não participei de nenhuma reunião da Mesa com o Presidente do Inter,
Giovanni Luigi! Nunca tratei de nenhum nome de rua, eu só queria que o
acordo feito lá atrás fosse cumprido: duas ruas para o Internacional, uma rua
para os carnavalescos, e assim foi feito. O Presidente do Inter veio aqui e assinou
um documento – está assinado aqui. Eu falei, há pouco, com os representantes
que vieram aqui que eu não vou retirar o art. 81 da LOM – que é urgência –, mas
vou dar tempo para que esse grupo possa conversar ou com o ex-Presidente
Giovanni ou com o atual Presidente; afinal de contas, quem assinou o documento
tinha autoridade para tal. Se a Direção do Internacional vier aqui e não quiser
os nomes, que venha a público e se posicione publicamente, que não passe esse
ônus, meus amigos, para os Vereadores. Nós não podemos pagar esse ônus! A
Direção do Inter, que assinou, venha a público e diga: “Não queremos Nestor
Ludwig na rua A. Não queremos Fernandão na rua B”. Aliás, o Ver. Delegado
Cleiton teve a ideia de ser na rua B, porque ficaria mais próximo da estátua do
Fernandão. Então, eu vou dar o tempo, mas a Direção do Inter tem de vir a
público se posicionar. Não dá para o grupo de vocês querer uma coisa; daqui a
pouco vem outro grupo e quer outra coisa; e aí nós ficamos expostos a uma
situação que já corre há mais de ano e que não é decidida. Inclusive, há
Vereadores daqui fazendo politicagem em cima disso. Há Vereadores aqui de
dentro fazendo politicagem em cima disso! Ver. Nereu D' Avila, sem a mínima
vergonha na cara! Que nunca souberam de que cor é a bola e viraram conselheiros do
Internacional. E ficam por baixo, fazendo picuinhas, reunindo grupos,
pressionando. Eu não sou pressionável! Não sou pressionável e não fui eu que
indiquei os nomes. O que eu exigi do Internacional foi o cumprimento do acordo,
e o Internacional cumpriu o acordo. Se não querem os nomes da Rua A e B, que o
Internacional se posicione; que o seu Presidente ou o seu ex-Presidente assine
um documento e envie para esta Casa. Nós, Vereadores, não vamos ficar com este
ônus no colo, aqui. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, boa tarde. Pode até
gerar estranheza, Ver. Reginaldo Pujol, que estejamos voltando a discutir nome
de rua no plenário, porque isto, Ver. Ferronato, já há algum tempo, é tratado
apenas nas Comissões, mas, pela envergadura do assunto, acho que cabe a nossa
manifestação.
Muito já foi dito aqui pelos Vereadores que me
antecederam. Eu acompanhei, Ver. Márcio, por dois lados, esta discussão no ano
passado. Aliás, não só no ano passado, mas desde 2013, quando ainda o Ver. Dr.
Thiago presidia esta Casa e eu já era Líder do meu partido, indicado pela minha
bancada. E esta discussão teve continuidade no ano passado, inclusive, com
alguns encaminhamentos que tivemos que fazer, solicitando que alguns Vereadores
que tinham apresentado projetos de nominação de ruas, Ver. Reginaldo Pujol,
retirassem esses projetos – e só eles podiam retirar, Ver. Professor Garcia,
porque um acordo havia sido feito com a Direção do Internacional.
Os Vereadores desta Casa nunca tiveram a pretensão,
Ver. Kevin, de nominar ruas do entorno do Beira-Rio, apesar de me dar vontade,
cada vez que eu passava por ali, colorado como sou. Membro da Comissão de
Obras, escolhido pelo Presidente Giovanni Luigi para acompanhar as obras do
novo Beira-Rio, cada vez, Vereadores Márcio e Paulinho, que eu passava por ali,
me dava uma vontade de escolher o nome, mas fizemos um acordo nesta Casa no
sentido de que o Sport Club Internacional faria as indicações. E, como bem
relatou o Ver. João Bosco Vaz, que foi o nosso Secretário da Copa, ficou
consignado para o Sport Club Internacional indicar a Rua A e a Rua B. E a Rua
C, que fica um pouco mais adiante, próxima às escolas de samba, seria, então, o
nome indicado pelos carnavalescos, coisa que foi feita na gestão do Ver.
Professor Garcia, que reuniu as bandas e as escolas e indicaram Carlos Medina,
que é o projeto que estamos discutindo neste momento, que é a Rua C.
Eu sou colorado, sou conselheiro, vou muito ao
campo, vou ao estádio, não sabia desse movimento que existia e, na minha visão,
é um pouco extemporâneo. Nós estamos tratando disso há dois anos e meio, então
acho um pouco extemporâneo. Fui abordado, ontem, no entorno do Beira-Rio, por
várias pessoas que lá estavam colhendo assinaturas, com um cabeçalho dizendo o
seguinte: “Quer nos ajudar a escolher os nomes das ruas do Inter?” Eu perguntei
de quem era o movimento, e me responderam: “É um movimento aqui do
Internacional. Um setor interno do Inter que está promovendo isso.” Até que
encontrei um conselheiro que, efetivamente, acabou me explicando do que se
tratava o movimento. E eu disse a esse conselheiro, o Keller, que está aqui,
foi meu colega na Comissão de Obras, todo o episódio que vinha já acontecendo
aqui na Câmara. Ele olhou para mim e disse: “Não, se os Vereadores não quiserem
mudar a sua opinião, eu vou colocar no site
lá que os Vereadores não querem mudar.” Eu disse: “Olha, eu acho que não é por
aí!” Para tudo sempre tem conversa e para tudo é possível se encaminhar.
Eu comungo, aqui, então, com o encaminhamento que
foi dado, Ver. Nereu – V. Exa. também é conselheiro lá do Inter -, que se vier
um pedido da Direção do Sport Club Internacional, que foi quem nos encaminhou a
nominação hoje aqui posta nos projetos de lei, que nós possamos, sim,
reavaliar, nesta Casa, como é a prática desta Casa, de democracia, de ouvir os
anseios da rua. Agora, nós não podemos ficar aqui suscetíveis a cada grupo que
se forme, Ver.ª Fernanda, dentro de cada instituição. “Agora eu não quero que
seja mais assim. Eu quero que seja assado!” Eu acho que não é o papel da Câmara
de Vereadores. Eu encaminho para que, se até quarta-feira a Direção do Sport
Club Internacional não se manifestar, venhamos a dar prosseguimento ao que já
vem sendo encaminhado aqui nesta Casa há dois anos e meio. E não tenho problema
nenhum com consulta. Aliás, muito antes pelo contrário, se for esse o novo
encaminhamento.
O Sr. Nereu
D’Avila: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Acompanho com
atenção o pronunciamento de V. Exa. V. Exa. é conselheiro respeitado. Eu só
pediria a V. Exa., porque, cá entre nós, como se diz aí fora, não é uma sangria
desatada para que esses nomes sejam votados. Até quarta-feira não sei; seria
bom que se desse um prazo maior, por exemplo, até a outra quarta-feira, porque
aí há um tempo maior e não há prejuízo nenhum, Vereador.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sobre a questão do prazo, Vereador, V. Exa. é testemunha de quanto
tempo está tramitando nesta Casa. O projeto já correu as pautas, está
tramitando nas Comissões há 2 anos e meio. Também não vou polemizar se é na
quarta-feira ou na quarta-feira da semana que vem. Não existe sangria desatada,
mas esta Casa precisa definir, sim, esta questão. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL n º 284/14.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
obviamente que eu não diria novidade nenhuma nesta Casa ao reafirmar a minha
condição de gremista, conselheiro do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, mas
respeitador permanente do Sport Club Internacional, não por ser aquele
adversário do meu Grêmio e que mais alegria me produz, mas por ter sido o clube
do meu pai, que foi o maior homem do mundo, a quem eu respeitava e por quem era
respeitado. Nós dois liberais nas nossas divergências esportivas. Agora, Sr.
Presidente, depois de um largo período de discussão observo que há um desacerto
entre os nossos amigos do Sport Club Internacional a respeito da definição das
ruas do entorno do novo Gigante da Beira Rio. Pessoalmente quero confessar
lisamente que a circunstância de que um dos homenageados é a figura do Carlos
Medina, proposta pela Mesa da Câmara, em acordo com a direção do Sport Club
Internacional, em homenagem também aos Imperadores do Samba, escola a quem
pertenceu, na maior parte de sua vida o homenageado de hoje. Eu quero dizer
que, com relação a esse fato, até porque o Medina também foi um bom colorado,
eu me sinto muito à vontade de com isso me familiarizar e me solidarizar, na
medida em que indiscutivelmente aquele entorno do Internacional ficou muito
tempo gravado pela circunstância de ali mourejarem duas escolas de samba, uma
banda, enfim, um conteúdo carnavalesco. Aliás, vinculavam muito a Imperadores
com o Sport Club Internacional, como foi visto no desfile carnavalesco do ano
do centenário do Sport Club Internacional. Por isso, Sr. Presidente, eu não
tenho nenhuma dificuldade em sustentar este meu voto. E almejo sinceramente que
haja um entendimento entre as várias lideranças do Internacional, com assento
na Casa, com os dirigentes do Clube, com o movimento em favor de determinados
homens do Sport Club Internacional, dizendo que até eu, como gremista, se
tivesse que propor algum nome, iria propor nomes como Rafael Strougo, Paulo
Rogério Amoretty Souza, enfim, nomes de pessoas com quem tive convivência
durante a vida. Sei que foram presidentes do Internacional. Arthur Dallegrave
foi um dos homens que mais participou de festividades conjuntas, exatamente
naquele período de festejos do Grêmio Porto Alegrense. Todos merecedores! Entenderam
de colocar o nome do Fernandão, com quem eu tive a oportunidade de falar uma
única vez na vida: quando era Deputado na Assembleia Legislativa, o Tinga levou
o Fernandão lá para uma causa extremamente nobre. E eu fiquei deveras
impressionado com as qualidades pessoais daquele rapaz, que após ter tido
grandes desempenhos desportivos, teve uma morte acidentada, que a comunidade
vermelha, juntamente com a tricolor, muito lamenta e muito reclama que tenha
ocorrido esse final tão trágico para o grande Fernandão. Então, não há dúvida
com relação ao Fernandão, e todos dizem nesse sentido.
Parece que a outra rua teria problema. O nome
proposto é também de Nestor Luwig, grande colorado, grande demais até. Eu, como
gremista, reclamei muitas vezes a sua atuação na Comissão de Arbitragem...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...Um cidadão de bem, acima de tudo, eu não terei
dificuldade em votar no nome de nenhum desses dois nomes que estão sendo
sugeridos. Mas quanto aos entendimentos em tendência de mudar essa situação, eu
haverei de compreender, porque entendo e resguardo à comunidade colorada a
prerrogativa de propor os nomes do entorno do seu estádio. Como gremista, quero
proclamar esse direito, como Vereador votarei tranquilamente, dignamente a
proposta que me for considerada. Se hoje há um adiamento dessa situação,
aguardemos os acontecimentos para um posicionamento final. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
O
SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores que estão conosco nesta tarde, a nossa saudação
especial aos nossos conselheiros, dirigentes colorados que estão conosco neste
momento. Nós estamos aqui discutindo a denominação Carlos Medina para uma rua,
a Rua C. Terá o nosso apoio, é o reconhecimento de Porto Alegre ao nome Medina
na história da nossa Cidade; portanto votarei “sim”.
E quero
também falar um pouco sobre as outras duas ruas até para dizer que muito aqui
foi dito, mas eu acho, na minha avaliação, que falta apenas um detalhe. Eu vou
registrar esse detalhe, que é a posição que eu tenho e que, aliás, é uma
posição que eu defendo aqui desde 1989 – lá se vão 25 anos -, sobre a Porto
Alegre participativa, a Porto Alegre que discute e que decide os seus rumos. E
ontem, apenas ontem, em apenas três horas ou um pouco mais, segundo informações
que nos foram dadas agora, quando nos reunimos no gabinete do Presidente, foram
colhidas 4.302 assinaturas dizendo que gostariam da participação na definição
do nome das duas ruas – 4.302 assinaturas! E se nós formos um pouco mais
adiante, vamos chegar a 20 ou 25 mil assinaturas. Por quê? Pela relevância
dessas denominações.
Eu aprendi aqui na Câmara, que esta Casa tem se
movimentado muito assim: toda a vez que temos divergências de posicionamento,
vamos para o plebiscito. O plebiscito, organizado, estabelecido pelo Sport Club
Internacional, com a votação dos seus associados, eu entendo como um processo
extremamente democrático e que atende, inclusive, a tudo o que aqui foi dito. Aqui foi falado da Câmara não tomar
uma posição que seja deselegante. Eu acredito que o plebiscito vai definir os
dois nomes das duas ruas. Se a Rua A ou B é Rua Fernandão - eu participei dessa
reunião também, em que diziam que era melhor a Rua A ou B, não lembro agora,
por ser a rua mais próxima da estátua; portanto, é uma definição que, na minha
posição, se decide em uma definição dos associados.
E também não concordo com a proposta do Ver.
Cassio, que diz: ou decidem até quarta-feira ou se vota quarta-feira. Para quê?
Por quê? Não há essa necessidade. Eu acho que deve ser dado todo o tempo
possível para que se estabeleça a melhor forma de decisão dos dois nomes.
Portanto, a minha posição é favorável à votação do nosso Carlos Medina, grande
figura porto-alegrense, e também favorável à posição que aqui se traz quando se
fala na definição dos nomes das outras duas ruas, por intermédio de um
plebiscito, estabelecido pelo Sport Club Internacional. Aliás, não é apenas um
clube de futebol; nós precisamos compreender a grandeza do nosso futebol
gaúcho. Como colorado que sou, dois campeões do mundo, que levaram Porto Alegre
para o mundo inteiro. Pois não é, simplesmente, eu quero assim e acabou!
Vamos ouvi-los pela história, pelo que representam,
por aquilo que expressa o futebol no Rio Grande do Sul, e a grandeza do Sport
Club Internacional no seio internacional de futebol, um dos maiores clubes de
futebol, sem sombra dúvida, do mundo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir
o PLL nº 284/14.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos
acompanha nas galerias, TVCâmara, e especialmente os torcedores colorados. Faço
questão de me manifestar nesta tribuna, especialmente porque participei
ativamente daquele processo, na oportunidade em que estávamos decidindo os
nomes das ruas para o entorno do estádio Beira-Rio. E acho importante fazermos
aqui um histórico dos procedimentos que nos levaram à situação que nos
encontramos hoje, apreciando aqui, através do art. 81, requerido pelo Ver. João
Bosco Vaz, a votação dos três nomes de ruas no entorno do Beira-Rio.
Inicialmente, o primeiro formato que se deu para a denominação daquelas ruas,
foi Avenida dos Eucaliptos para a Rua A; Fernandão para a Rua B; e 17 de
dezembro para a Rua C. Fizemos uma reunião aqui, com o Luigi - eu fazia parte
da Mesa -, quando foi dado o acordo que essas seriam as denominações das ruas.
Bem, e essas denominações, inicialmente, tinham autoria: o croqui da Rua A era de autoria do Ver. Dr. Thiago; o croqui da Rua B de autoria do Delegado
Cleiton e o croqui da Rua C de
autoria deste Vereador. Eram as três ruas que estavam protocoladas, que
estariam tramitando por autoria dos Vereadores que por primeiro protocolaram os
pedidos. Então foi feita essa reunião de Mesa, em que se chegou a um consenso,
construindo um acordo para que fosse feita, então, uma denominação em nome da
Casa, para que não houvesse autores individuais para os nomes das ruas. Estava
na reunião o Ver. Delegado Cleiton, que concordou, assim como nós e o Ver. Dr.
Thiago concordamos. Nós retiramos as autorias para fazer os processos em nome
da Mesa. Bom, entrou, então, essa sugestão de nós homenagearmos um
carnavalesco, tendo em vista a proximidade com as escolas de samba, o que foi
muito bem visto por todos. Aliás, eu entendo que há um consenso aqui, e a
própria direção do Sport Club Internacional se manifesta favorável a essa
homenagem ao Medina. Também estivemos reunidos com os representantes do carnaval,
e me parece que essa é uma pauta que está superada. Nós teríamos condições aqui
de aprovar esse projeto.
Agora, em função dessa movimentação da torcida, de
alguns dirigentes do clube, conselheiros, enfim, surge essa situação que trás à
tona a necessidade de uma observância de que, talvez, a homenagem para o
Fernandão na Rua A seja mais oportuna – é o movimento a favor do nome Fernandão
para Rua A. Alguns defendem, tendo em vista a proximidade da estátua, que a Rua
B fique com o nome do Fernandão, já que é a rua da estátua, que também é um
argumento. Tendo em vista esse movimento – acho que o Ver. Nereu também se
manifesta no sentido de acompanhar o sentimento da torcida –, é bem verdade que
se construiu, se debateu, se aprimorou, digamos assim, uma construção para que
fossem definidos ali o Nestor Ludwig e a Rua B, mas, na realidade, se houver um
entendimento pela mudança, não tem problema nenhum. Nós podemos aqui fazer a
homenagem para o Nestor Ludwig na Rua B; a homenagem para o Fernandão na Rua A,
por que não? Ou até mesmo outra homenagem, se assim entenderem. O Ver. Delegado
Cleiton até brincou ali: “Vamos dar o nome do Gabiru!”. O Gabiru não morreu
ainda, então acho que também não é o caso.
Acho que precisamos ter muita tranquilidade para
fazer esses encaminhamentos, para que seja feito o que for melhor para o Sport
Club Internacional, o que a torcida entender como a melhor ou a mais oportuna
homenagem para o clube. Nesse sentido, quero me somar àqueles que estão aqui
para honrar e afiançar os acordos que foram construídos, mas que também não são
estáticos.
Assim como, ali atrás, nós declinamos da Avenida
dos Eucaliptos, declinamos da Avenida dos Eucaliptos, nós declinamos da 17 de
Dezembro. Nós demos um passo para trás para dar dois para frente. Eu retirei o
projeto da 17 de Dezembro. Não vejo problema nenhum de nós fazermos uma
consulta, pode até ser organizada pela direção do Sport Club Internacional, que
escute a torcida, por que não? E não impor uma votação. Podemos manter o art.
81, votando o quão logo possível, mas logo que se tenha um indicativo e se for
massivo, como está se avizinhando, praticamente há unanimidade que a homenagem
ao Fernandão seja feita na principal, que é a Rua A. Então que se possa chegar
a um bom termo. Tenho certeza de que a Câmara, com harmonia e tranquilidade,
dará uma solução para toda essa situação. São essas as nossas considerações,
Sr. Presidente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, quero cumprimentar todos e todas,
os conselheiros na pessoa do Amarante, os que estão aqui e os que não estão,
Vereadores que participam da discussão, quero dizer duas coisas muito breves.
Na democracia, a torcida, os colorados escolherem a melhor forma da disposição
da homenagem tem que ser um princípio a ser perseguido. Se nós recebemos um
conjunto de conselheiros e torcedores que ontem, num jogo que teve 22 mil
torcedores assistindo o jogo, coletaram 4 mil assinaturas, quando as pessoas
estão entrando no estádio, acho que já é uma demonstração de que a torcida quer
participar, quer construir permanentemente essas homenagens nas ruas do entorno
do nosso Beira-Rio. Eu não quero entrar no mérito de todo o histórico, pois
outros Vereadores já deram, Vereadores que entraram com o projeto e o retiraram
a partir de um pedido da Mesa. Nas reuniões em que eu fui, sempre falei que
como colorada não achava que estavam bem colocadas as homenagens, mas achava
que tinha que ser uma decisão dos torcedores do Sport Club Internacional, e eu
sei que foi a direção do time que pediu esses nomes. O nome do Fernandão,
obviamente, é um consenso na torcida; mas eu sempre achava que, por exemplo, o
Escurinho deveria ser homenageado - qualquer torcedor tem essa impressão, essa
vontade; o Tesourinha, enfim. Então, eu quero ser muito breve, porque eu acho
que dois erros não fazem um acerto. Uma coisa foram as tratativas até agora;
acho que há um setor da torcida que está clamando por participação; acho que a
gente nunca pode se furtar de responder e votar as demandas sociais. E as
demandas também homenageiam da forma a maior contemplar o desejo das
populações, seja no nome da rua, do bairro – a gente tem insistido nisso, da
importância dos moradores, nessa discussão, e vários vereadores insistem nesse
tema –, seja para o entorno do Estádio Beira-Rio. Eu quero dizer que estamos
votamos a Rua C, e parabenizo o Ver. João Bosco que priorizou apenas a Rua C, e
discutir isso.
Eu acho que uma solução, na minha opinião, seria
fazer uma emenda para as Ruas A e B, propondo que o nome seja escolhido por
plebiscito e que prontamente, após votado e decidido pelos torcedores do
glorioso Internacional, seja prontamente acatado pelo Governo Municipal e pela
Câmara de Vereadores.
Mas acho que
temos que construir coletivamente. É uma proposta que estou lançando para os
Líderes, e acho, sim, que precisa se discutir democracia; se faltou democracia
da direção com os Conselheiros e com os torcedores, não é a Câmara de
Vereadores que tem que referendar essa falta de democracia no interior do
Internacional. Ao contrário, a Câmara de Vereadores tem que corrigir, então nós
somos defensores de um plebiscito e da participação popular.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos
assiste; uma parcela de torcedores do nosso glorioso Sport Club Internacional,
sejam bem-vindos. Eu poderia subir à tribuna e falar em prerrogativa de um
Vereador, em autoria ética, ou outras situações, mas não farei isso. No primeiro momento, nós discutimos que a Rua A parece ser mais
importante do que a Rua B ou a Rua C por questões de ordem alfabética. Nós
temos uma estátua do nosso eterno capitão Fernandão virada para a Rua B,
olhando para a Rua B como quem dissesse: “Esta é a minha rua, este é o meu
espaço”.
Algumas pessoas já disseram
que a Rua A tem mais acesso... Não é verdade! Senhores, eu aprendi a gostar de
futebol quando ia na coreia do Inter, eu até gostaria de que o nome de uma das
ruas fosse Luiz Carlos Machado. Alguns paulistas e alguns que querem, dentro do
clube, só fazer politicagem possivelmente não saibam quem é esse senhor, o
nosso querido Escurinho, que a Ver.ª Fernanda citou. E queria outros! Eu queria
nomes de atletas, porque são os atletas que dão a verdadeira alegria ao povo.
Nós sabemos que os conselheiros, nós sabemos que as direções contratam, se
esforçam para que os atletas permaneçam, fazem time, mas quem dá a verdadeira
alegria ao povo... Quando eu vou ao campo, é para ver os atletas, os atletas
que nos dão as glórias!
Eu fiz uma
brincadeira a respeito de quem fez o gol em que nós fomos campeões mundiais. Eu
brinquei e disse que o nome de uma das ruas deveria ser Gabiru. Fica parecendo
que eu desconheço o protocolo, as normas da Casa. Senhores, eu gostaria de que,
em vez de diretor, o nome a ser dado fosse de atletas, inclusive atletas como o
Escurinho, que, que foi da época em que não se trocava de clube e beijava a camiseta.
Um dia, estou num clube, no outro vou para o São Paulo, ou para o Corinthians e
beijo a mesma camiseta. Eu gostaria que fosse homenageado esse tipo de atleta,
esse que nos deu glória, que nos deu alegria, porque se formos levar em
consideração o que alguns tentam impor em nome de uma democracia de um clube,
em nome de uma liderança ou em nome de uma politicagem de interesses, nós poderíamos,
amanhã – não é o caso do nosso time, vou frisar isso –, estar botando o nome de
uma sede José Maria Marin, que no mesmo dia, depois de ser preso, foi solto
porque ali havia interesses. Eu não quero que aqui tenham interesses! Eu não
quero que seja usado o nome de uma rua, que irá homenagear ídolos do nosso
time, como motivo de politicagem...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: ...E é como eu disse: eu gostaria que esses que
estão usando como motivo de politicagem, que a torcida não entrasse nessa,
porque, possivelmente, eles nem saibam quem foi Luís Carlos Machado,
possivelmente, nem saibam da história verdadeira do nosso time, que muitos doaram
tijolos para construir aquele estádio. Então, senhores, não se deixem levar por
politicagem. Eu fui autor do nome Fernandão para a Rua B, abri mão, numa
discussão aqui, para que fosse dado em nome da Mesa Diretora, que quer dizer em
nome de todos os Vereadores, e não vou cair nessa, não, senhores. Eu abro mão,
sim, se for feito democraticamente o pedido, e não na hora de entrada de
futebol...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: ...porque ali se assina – eu não estou falando da
verdade desse panfleto, dessas assinaturas – qualquer coisa. Vamos discutir,
quem sabe venha aqui para dentro da Casa o nome de Escurinho ou o nome de algum
outro atleta que realmente tenha referendado o nome do Sport Club Internacional, mas que isso
seja democrático, e cai por água a baixo qualquer prerrogativa de Vereador
botar nome em rua. Eu não me apego a isso, não é isso que nós estamos
discutindo. Nós queremos, sim, respeito a quem for homenageado pela grande
história do nosso time Sport Club Internacional. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
discutir o PLL nº 284/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Mais uma vez, boa tarde. Estamos aqui diante de duas lógicas, eu diria
assim, no que toca à questão da colocação do nome de ruas. Eu tenho defendido
no meu mandato e tenho um projeto de lei que resulta em fazer – se aprovado –
aquilo que neste momento, no caso concreto, está sendo defendido por alguns
Vereadores, que é permitir que diretamente as pessoas – neste caso, o Sport
Club Internacional, através dos seus torcedores e associados – sugiram algum
nome. Nós aqui obviamente não podemos fazer um ato oficial de delegação para um
clube a decisão de um nome, mas um acordo político que acataria o resultado
dessa grande movimentação e desse grande processo de participação popular.
A outra lógica, que é aquela contra a qual estamos
questionando, é a de que o Vereador simplesmente – e hoje é assim pela
legislação – pode estabelecer o nome da rua, inclusive sem essa discussão no
plenário. No caso de ruas cadastradas ou não cadastradas, sequer a assinatura
dos moradores daquela rua é preciso colher.
Vejam, temos um projeto de lei tramitando para
justamente retirar do Vereador a competência de colocar nome em logradouros,
transferindo diretamente para a população essa possibilidade, que é o que nós
aqui estamos defendendo. Foi falado aqui numa questão de prazo, mas não vejo
uma justificativa para ter um prazo, muito menos esta semana. Nós podemos
encarar este como o início de um processo em que muitos torcedores, muitas
pessoas, associadas ou não ao clube – e aí é uma questão do quanto vai se abrir
para a participação –, possam sugerir os nomes. Quando nós falamos de um
plebiscito ou, genericamente, de uma consulta popular, depende muito, Ver.ª
Sofia, que pergunta se fará, porque não necessariamente se quer um nome ou
outro, pode haver outros nomes na lista. Pode, inclusive, abrir-se um processo
para colher os nomes, e destes nomes... Não precisamos estar aqui entre “sim”
ou “não” para Fernandão, “sim” ou “não” para qualquer outro nome. Pode-se,
simplesmente, em um primeiro momento, fazer o recolhimento de assinaturas.
A Sra. Sofia
Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigada,
Ver. Sgarbossa, não vou usar todo o tempo, apenas quero dizer que eu apoio
integralmente a demanda, o pleito dos conselheiros do Inter de democratizar
essa escolha. Quero dizer que eu tive um projeto de lei reprovado nesta Casa,
há uns três anos, que exigia, para nomear as ruas, manifestação dos moradores.
A maioria do plenário entendeu que não, que deveríamos manter a
possibilidade... E eu acho que deveríamos retomar isso para todas as
denominações de ruas. E quando mais amplo, mais democrático, melhor. Afinal, o
pertencimento à Cidade, fazer parte do coletivo nos interessa muito para
enfrentar essa situação de degradação social. Então, eu louvo inclusive que o
Ver. João Bosco está permitindo esse tempo e está tendo essa escuta, e nós
seguiremos, vamos encaminhar o que a maioria resolver.
O
SR. MARCELO SGARBOSSA: Obrigado, Ver.ª Sofia. Eu quero aqui, como último
item, trazer essa questão aqui levantada, acho que pela Ver.ª Fernanda, de que
essa ideia que eu ouvi aqui, Ver. Bosco, dependerá da direção do Inter – do
Presidente atual ou do anterior – indicar qual o nome. Primeiro, que se trata
aqui de uma eleição majoritária. Então vejam que o atual Presidente do Inter
não foi eleito pela totalidade dos votos, nós temos uma parcela daqueles que
não ganharam a eleição. E nós aqui respeitamos que há uma direção eleita, e eu
digo isso na condição de não ser associado, não votei, não participei do processo,
apesar de ser torcedor colorado. O que eu quero dizer é que, se nós delegamos,
através de um acordo político, para que se abra um amplo processo de
participação, questiono aqui se não poderia ser aberto a toda a Cidade, ou à
pessoa interessada, ou ao torcedor do Interior, enfim, que todo o torcedor
possa participar e logicamente não deixar essa decisão empoderando e
transferindo tão somente para a atual direção do Inter. Eu digo isso porque em
um plebiscito, Sr. Presidente, como falei antes, a pergunta é muito importante.
Se a pergunta for simples, ela embreta a pessoa que responde, um “sim” ou um
“não”, um acordo ou um não acordo. Então, acho que o processo pode ser mais
amplo, sem nenhuma pressa em
terminar e gerar o pertencimento, porque isso, sim, é o que gera nas pessoas o
fato de saber que o nome daquelas ruas foram escolhidas por um amplo processo
de participação. Mesmo a pessoa que não teve o seu nome sugerido – perdeu essa
disputa -, ela vai passar por ali e aquilo fará parte da sua história. Então,
isso sim, faz com que as pessoas se sintam pertencentes à Cidade e ao clube,
time de futebol que torcem. Obrigado.(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o PLL nº 284/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARCELO SGARBOSSA
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito
a retirada do PLL nº 012/13 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação,
para que possamos, imediatamente, passar à votação da Indicação nº 021/15, já que esse
tema da terceirização demanda um pouco mais de debate.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 021/15 – (Proc. nº 0937/15 –
Verª Sofia Cavedon) – ao
Governo Municipal, que sugere a contratação direta e imediata, pelo Município,
dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas que atuam nas escolas da rede
municipal de ensino, até uma solução mais permanente que respeite os direitos
trabalhistas.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
a Indicação nº 021/15. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Indicação nº 021/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
esta Indicação, na verdade, é para o serviço extraordinário temporário. O que
acontece é que a Prefeitura, em vários momentos, precisa contratar
emergencialmente, porque a licitação não dá certo, é impugnada por
concorrentes.
Estamos vivendo exatamente isso, neste momento,
Ver. Kevin Krieger, mais uma vez, na SMED, Ver. Pablo. No último pregão
eletrônico, para a terceirização da limpeza e da cozinha, quem ganhou em
primeiro lugar não tinha um dos atestados; foi para o segundo lugar. O primeiro
lugar questionou judicialmente. O segundo lugar – não vou colocar os nomes – não
tinha como comprovar o que foi questionado e, enfim, uma contratação que seria
por um ano, prorrogável por mais cinco, não pôde acontecer, e a Prefeitura teve
que contratar, e contratou, a primeira empresa, a empresa desclassificada,
temporariamente.
Eu já conversei com o Vice-Prefeito Sebastião Melo,
que me ligou quando isso aconteceu. Eu creio que a Prefeitura pode – havendo
uma discussão, um arcabouço jurídico, a partir de autorização da Câmara –, em
situações emergenciais, em vez de as funcionárias ficarem pulando de empresa
para empresa e aí perderem direitos, com rescisões de contratos malfeitos,
inseguranças, fazer contratações diretas, uma vez que é uma situação
excepcional e emergencial. Então, a ideia da Indicação, que não é lei, é
provocar a Prefeitura para que ela possa fazer um estudo jurídico de situações
como essa e ter alternativas que não sejam as tradicionais, que têm sido
prejudiciais, seja para a Prefeitura, seja para a continuidade dos serviços,
seja para as funcionárias e funcionários terceirizados, que também têm uma
insegurança enorme, não sabem quem vai ser o seu empregador, e o tempo que a
Prefeitura tem é um tempo curto, porque é emergencial. É uma troca de vínculo
seguida, continuada, em tempo muito curto, que gera um transtorno muito grande
para as funcionárias e funcionários. Então, é uma indicação, Ver. Kevin, para
fins de que a Prefeitura avalie juridicamente se ela tem respaldo para fazer
isso em situações excepcionais e emergenciais.
Sugiro, então, aos nobres Vereadores, que possam
apoiar a indicação para que possamos talvez encontrar uma solução um pouco
melhor do que as soluções que existem até agora. Obviamente que isso compromete
os mesmos recursos, mas dá uma melhor qualidade de gestão.
O próprio Vice-Prefeito me perguntou: “Mas, Sofia,
será que isso é possível?” Eu disse: “Olha, o Governo do Estado faz. Faz na
educação e faz contratação e aprova na Assembleia, e eu acho que
temporariamente, excepcionalmente, é melhor do que terceirizar por um período
curto.” Acho que a gente deve pensar. O nosso papel, de Câmara, é pensar
alternativas para tentar evoluir e melhorar o que hoje degrada o serviço, mas,
principalmente, que coloca ao lado de trabalhadores fixos e trabalhadores
concursados pessoas com muita insegurança, muitas vezes com um salário muito
mais baixo e com perda de direitos – o que não é bom para ninguém, nem para o
serviço e nem para o ser humano, trabalhador e trabalhadora.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 021/15.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras e público que nos assiste, ouvimos atentamente a
fala da Ver.ª Sofia Cavedon, e, Vereadora, a questão dos trabalhadores
terceirizados começou na época em que V. Exa. foi Secretária do Município.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Não, mas, no seu período como Secretária do
Município, já havia terceirizados. Que eu saiba, naquela época, V. Exa. fazia
questão que todos eles tivessem carteira assinada, vale-transporte, férias,
todos os direitos trabalhistas. Tinham ou não tinham? Tinham, não é, Vereadora?
Não acredito que V. Exa., como secretária, não... Estou lhe provocando para o
debate, mas não pode ter debate, porque é indicação. Então, não vai ter o
debate. Eu vou lhe bater forte e, depois, alguém vem falar. Eu acho que são
importantes os esclarecimentos, Vereadores, porque a questão temporal não se
resume, num momento pode, no outro não pode. Inclusive, V. Exa. sabe que o que
está propondo foi derrubado no Plano Municipal de Educação, nem veio a esta
Casa porque V. Exa. perdeu no plenário, lá atrás. Hoje são 1050 funcionários
que V. Exa. está querendo que todos eles passam a ser funcionários públicos de
carreira do quadro. Ora, isso teria que se fazer concurso. Hoje, V. Exa. sabe
das dificuldades dos repasses financeiros, pois é muito fácil criar atribuições
para o Município dizendo que o dinheiro é o mesmo. Mas quem fica com o ônus, na
realidade, são os demais funcionários do Município. Quero dizer, de forma
fraterna, vamos votar contra sua solução porque na realidade V. Exa. não ajuda
em nada. Mas eu gostaria de ouvir que, na sua época, os trabalhadores tinham ou
não tinham carteira assinada, se recebiam vale-transporte, se tinham férias.
Isso é muito importante para o sistema. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 021/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
quero registrar a minha posição e a posição do Ver. Prof. Alex Fraga favoráveis
à Indicação, porque estamos muito preocupados com a situação das terceirizadas
no Município de Porto Alegre. Nós acompanhamos, e eu sempre repito que dois
erros nunca vão fazer um acerto. Se lá atrás ocorria é um problema grave,
claro, é importante ter memória, ter história, não estou discordando, mas o
fato é que agora a situação é absolutamente insustentável, do ponto de vista da
falta de direito dos trabalhadores e das trabalhadoras, sobretudo as mulheres.
O atraso nos salários, o não pagamento de direitos trabalhistas e, ao mesmo
tempo, com a questão da terceirização e dos poucos vínculos, a fragilidade que
a terceirização significa no campo do direito dos trabalhadores faz com que
tenha muita dificuldade para as trabalhadoras poder participar num processo de
greve, que é, muitas vezes, a forma como a classe trabalhadora tem para fazer
valer a sua voz. Foi assim no Município. Inclusive hoje, o Prefeito Fortunati
trouxe para a Câmara de Vereadores, às 13h30min, o
projeto do efeito cascata, produto de uma conquista dos trabalhadores – da
greve, da luta do Simpa –, e que nós queremos que seja votado o quanto antes
pela Câmara. Tenho certeza que todas as lideranças vão concordar na votação em
Regime de Urgência, porque foi, e é, um projeto que responde à carreira dos
municipários, no passado, no presente e no futuro. No caso das terceirizadas
nós não temos isso, não temos essas garantias; nós temos a fragilidade das
relações de trabalho, que na verdade tem sido a regra no Brasil no que tange à
terceirização. Por isso, nós vamos votar a favor da Indicação e seguimos na
luta contra o PL nº 4330, que é um projeto que ataca o direito dos
trabalhadores, colocando a possibilidade de terceirização em todos os serviços
privados e também públicos. Porque a terceirização, na medida em que é
legalizada e aceita no setor privado, também entrou no setor público. Foi assim
com a terceirização da limpeza, da portaria, das atividades-meio e não as
atividades-fim. E é o que tende a acontecer caso seja aprovado o PL nº 4330,
que é um ataque brutal ao direito dos trabalhadores da CLT.
Portanto, vamos votar
a favor da Indicação da Ver.ª Sofia Cavedon, e vamos seguir na luta contra o PL
nº 4330, que vai agora para o Senado.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger, a Indicação nº 021/15. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por 04 votos SIM e 17 votos NÃO.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a retirada do PLE nº 024/14 da priorização de votação da
Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do Requerimento
nº 050/15 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o
adiamento da discussão do PELO nº 002/12 por uma Sessões.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo a Emenda nº 01,
de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, ao PLE nº 009/15.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que solicita a
retirada de tramitação do PLL nº 012/13. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Kevin Krieger. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Onze
Vereadores presentes. Não há quorum.
Está encerrada a Ordem do Dia e os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h03min.)
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